Sunday

A primeira ideia é tirar um retrato e colocá-lo ao alcance de toda a gente. Fica, para que conste, a informação total sobre o que se é. Parece inscrito que no texto nada sairá da estrita margem da verdade. O ego flui por entre as letras e divide-se na sua multiplicidade para que a imagem seja única. Essa é a intenção e a vontade. Acontece muitas vezes dar a informação que ninguém pede para que peçam a informação que ninguém dá. E lá no meio, discreta, a verdade. Equidistante dos vários enquadramentos, das várias perspectivas, dos diversos modelos.

Mas depois, depois de tolerar as indiferenças, há o apelo mórbido da mudança. Cada dia uma nova identidade. Uma dança de nomes e de significantes, modos de vida atenuados por pequenas adaptações ao real.

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